quinta-feira, 2 de junho de 2011

Doenças Crónicas

O que são?
Doenças crónicas são aquelas normalmente de desenvolvimento lento, que duram períodos extensos e apresentam efeitos de longo prazo, difíceis de prever. A maioria dessas doenças não tem cura.

Tipos de doenças crónicas:
    Diabetes;
   Obesidade;
   Cancro;                                                          
    A maioria das doenças auto-imunes;
   Algumas infecções como a tuberculose, lepra, sífilis ou gonorreia;
    A SIDA.


Quais são os factores de risco?
Apesar de muito diferentes entre si, as Doenças Crónicas apresentam factores de risco comuns. São poucos e podem ser prevenidos:
              Colesterol elevado;
              Tensão arterial elevada;
              Obesidade;
              Tabagismo;
              Consumo de álcool;
              Alimentação pobre em frutas e vegetais.




Como reduzir os riscos de ocorrência de Doenças Crónicas?

Através da alteração do estilo de vida pode-se, em pouco tempo, reduzir o risco de desenvolvimento de Doenças Crónicas.
Alterando a dieta alimentar – privilegiar frutas, vegetais, frutos secos e cereais integrais; substituir as gorduras animais saturadas por gorduras vegetais insaturadas; reduzir as doses de alimentos salgados e doces;
Iniciando a prática de exercício físico diário;
Mantendo um peso normal – Índice de Massa Corporal entre 18,5 e 24,9;
Eliminando o consumo de tabaco


Doenças Crónicas a nível mundial:
Qual é o impacto das doenças crónicas no mundo?
A Organização Mundial da Saúde (OMS) diz-nos que, em 57 milhões de mortes num ano, 59% são devido às Doenças Crónicas de declaração não obrigatória, como as doenças cardiovasculares, a diabetes, a obesidade, o cancro e as doenças respiratórias

A mudança dos hábitos alimentares e a implantação de um estilo de vida sedentário estão a ocorrer a um ritmo muito mais rápido nos países em vias de desenvolvimento, por comparação com o que aconteceu nos países desenvolvidos. As Doenças Crónicas estão a crescer imenso em muitos dos países mais pobres, articulando-se de forma muito perigosa com outra calamidade: as doenças infecciosas.

              

As doenças crónicas em Portugal
Metade da população portuguesa sofre de uma doença crónica. Um tipo de patologias que cresce cerca de 2,5 por cento ao ano no grupo dos idosos e representa cerca de 60 a 80 por cento das despesas em saúde, de acordo com especialistas.

Doenças Crónicas mais frequentes em Portugal
As doenças mais frequentes em Portugal são: a hipertensão, a reumática, a depressão, a osteoporose, a diabetes e as pedras nos rins. Em termos etários, os idosos são os mais afectados já que cerca de metade tem mais de 65 anos e 40 por cento terá entre 45 e 64 anos.

Doenças Cardiovasculares
O que são?
As doenças cardiovasculares são doenças que afectam o sistema circulatório ou seja, o coração. (cárdio = coração / vasculares = vasos sanguíneos, incluindo artérias, veias e vasos capilares).
As doenças cardiovasculares mais comuns são o enfarte do miocárdio, a angina de peito, a aterosclerose, os AVC (acidente vascular cerebral) entre outras.

Causas das doenças cardiovasculares
As principais causas das doenças cardiovasculares são uma vida sedentária, o consumo excessivo de alimentos ricos em gordura e sal, [álcool] (ainda que estudos demonstrem um efeito benéfico no consumo moderado de bebidas alcoólicas) e o tabaco.

Como preveni-las?
É possível reduzir o risco de doenças cardiovasculares através da adopção de um estilo de vida mais saudável:
  • Deixar de fumar;
  • Controlar regularmente a sua pressão arterial, o seu nível de açúcar e gorduras no sangue;
  • Fazer uma alimentação mais saudável, privilegiando o consumo de legumes, vegetais, fruta e cereais;
    • Praticar exercício físico moderado e com regularidade;
    • A partir de uma determinada idade (50 anos para as mulheres e 40 anos para os homens) é aconselhável a realização de exames periódicos de saúde;
    • A prevenção deve começar mais cedo para os indivíduos com história familiar de doença cardiovascular precoce ou morte súbita.

    
As doenças Cardiovasculares em Portugal
As doenças cardiovasculares constituem a principal causa de mortalidade em Portugal, seguindo-se a doença oncológica. A mortalidade de causa cardiovascular aumentou até 1990, ano em que ocorreram mais de 45 mil óbitos, atribuídos a esta patologia. Desde então tem-se verificado uma redução progressiva dos óbitos de causa cardiovascular, que atingiram cerca de 41 mil no ano 2000.




    Os Diabetes
    O que são?

    As diabetes são uma doença crónica caracterizada pelo aumento dos níveis de açúcar (glucose) no sangue. À quantidade de glucose no sangue, chama-se glicemia. Ao aumento da glicemia, chama-se: hiperglicemia.
    As diabetes são uma situação muito frequente na nossa sociedade e a sua frequência aumenta muito com a idade, atingindo os 2 sexos. Em Portugal, calcula-se que existam entre 400 a 500 mil pessoas com Diabetes.





    As causas das diabetes

    Ela resulta da digestão e transformação dos amidos e dos açúcares da nossa alimentação. Depois de absorvida, entra na circulação sanguínea e está disponível para as células a utilizarem.

                                              
    Para que a glucose possa ser utilizada como fonte de energia, é necessária a insulina.
    A hiperglicemia (açúcar elevado no sangue) que existe na Diabetes, deve-se em alguns casos à insuficiente produção, noutros à insuficiente acção da insulina e, frequentemente, à combinação destes dois factores.
    Se a glucose não for utilizada, acumula-se no sangue (hiperglicemia) sendo depois, expelida pela urina.



    A insulina é produzida nas células ß dos ilhéus de Langerhans do pâncreas. O pâncreas é um órgão que está junto ao estômago e fabrica muitas substâncias, entre elas a insulina. A insulina é fundamental para a vida. A sua falta ou a insuficiência da sua acção leva a alterações muito importantes no aproveitamento dos açúcares, das gorduras e das proteínas que são a base de toda a nossa alimentação e constituem as fontes de energia do nosso organismo.
    Existem vários tipos de Diabetes mas, de longe, a mais frequente (90% dos casos) é a chamada Diabetes Tipo 2.




    O que é a diabetes de tipo 2

    Os diabetes Tipo 2 também conhecida como diabetes não-insulino dependente, ocorre em indivíduos que herdaram uma tendência para a diabetes (têm, frequentemente, um familiar próximo com a doença: pais, tios, ou avós) e que, devido a hábitos de vida e de alimentação errados e por vezes ao “stress”, vêm a sofrer de diabetes quando adultos. Quase sempre têm peso excessivo e em alguns casos são mesmo obesos, sobretudo “têm barriga”. Fazem pouco exercício físico e consomem calorias em doces e/ou gorduras em excesso, para aquilo que o organismo gasta na actividade física.




    Têm, com frequência, a tensão arterial elevada (hipertensão arterial) e por vezes “gorduras” (colesterol ou triglicéridos) a mais no sangue (hiperlipidemia).
    No diabetes tipo 2 o pâncreas é capaz de produzir insulina. Contudo, a alimentação incorrecta e a vida sedentária, com pouco ou nenhum exercício físico, tornam o organismo resistente à acção da insulina (insulinorresistência), obrigando o pâncreas a trabalhar mais (e mais), até que a insulina que produz deixa de ser suficiente. Nessa altura surge o diabetes.



    O excesso de peso e a obesidade estão intimamente relacionados com a diabetes. A redução do peso contribui, nestas situações, de uma forma muito sensível para o controlo da glicemia. Mesmo uma pequena diminuição do peso tem reflexos benéficos na glicemia.
    As pessoas com diabetes tipo 2 têm frequentemente insulinorresistência. O excesso de gordura, sobretudo abdominal, contribui para esta insulinorresistência e, consequentemente, para o aumento da glicemia.



    O que é a diabetes de tipo 1?

    Os Diabetes Tipo 1, também conhecida como Diabetes insulino-dependente é mais rara (a sua forma juvenil não chega a 10% do total) e atinge na maioria das vezes crianças ou jovens, podendo também aparecer em adultos e até em idosos. Nos Diabetes do Tipo 1, as células ß do pâncreas deixam de produzir insulina pois existe uma destruição maciça destas células produtoras da mesma. As causas dos diabetes tipo 1 não são, ainda, plenamente conhecidas. Contudo, sabe-se que é o próprio sistema de defesa do organismo (sistema imunitário) da pessoa com Diabetes, que ataca e destrói as suas células b.


    Estas pessoas com Diabetes necessitam de terapêutica com insulina para toda a vida porque o pâncreas deixa de a poder fabricar. A causa desta Diabetes do tipo 1 é, pois, a falta de insulina e não está directamente relacionada com hábitos de vida ou de alimentação errados, ao contrário do que acontece na diabetes Tipo 2.

    A diabetes que aparece na gravidez
    Diabetes gestacional

    Existe ainda os Diabetes que ocorrem durante a gravidez – os Diabetes gestacional. Esta forma de diabetes surge em grávidas que não tinham Diabetes antes da gravidez e, habitualmente, desaparece quando esta termina.
    Contudo, quase metade destas grávidas com Diabetes virão a ser, mais tarde, pessoas com Diabetes do tipo 2 se não forem tomadas medidas de prevenção.









     
    As diabetes são uma doença que resulta de uma deficiente capacidade de utilização pelo nosso organismo da nossa principal fonte de energia – a glucose. Muitos dos alimentos que ingerimos são transformados em glucose no nosso aparelho digestivo.